segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Dirigentes acusados de ameaça de morte, transferência e expulsão ao funcionário público em Báruè

Por: John Chekwa

       Trata-se de Moises Malape Cufacuanhica, funcionário afecto na área de contabilidade do governo distrital de Báruè na província de Manica suspeito de ter denunciado o caso de desvio de dinheiro do erário público envolvendo o administrador e Secretario permanente do distrito de Báruè. Cufacuanhica disse ainda que estas ameaças surgem após a publicação desta notícia nas redes sociais e imprensa nacional. 
        Moises Malape, disse que foi solicitado no gabinete do administrador Joaquim Zefanias acusando-o de ser o autor na denúncia deste caso.
Cufacuanhica acrescentou que o administrador ameaçou-o de expulsão ou transferência arbitrária e cancelamento de bolsa de estudo que está se beneficiar há dois anos.
         Contactado pela nossa reportagem o administrador do distrito de Báruè, Joaquim Zefanias disse que o funcionário Moises Cufacuanhica tem direito de denunciar a imprensa assuntos que pesam sobre ele como qualquer outro cidadão. Zefanias  não deu mais detalhes sobre este caso.
         A nossa fonte acusa ainda o secretário permanente distrital, (SP) Fernando Conde de ter lhe ameaçado de morte sobre a mesma suspeita. Num contacto telefónico feito pela nossa reportagem sobre esta acusação, o SP disse que não tem tempo para prestar depoimentos a Rádio Comunitária Catandica e recusa ter ameaçado mortalmente o funcionário em causa acrescentando que não possui arma de fogo para o efeito.
       A vítima acrescentou ainda que o motivo da sua suspeita é pelo facto dele ser o responsável pelas receitas do governo local.
      Malape avançou a nossa reportagem que um dos motivos tem a ver com a sua exigência ao governo local a devolução do seu dinheiro no valor de 30.000,00mt que foi obrigado a pagar ao empreiteiro que prestou serviços na residência oficial do administrador edifício do governo distrital em 2011.
       Contactou o empreiteiro de nome Mandiquice pela nossa reportagem, confirmou ter prestado estes serviços mas sem contrato formal no valor total de 60.000,00Mt, tendo recebido do senhor Moises 50% do valor global, neste ano 2014 devido a demora na tramitação do processo de pagamento.

Mandiquese ameaça de retomar a exigir o saldo ao funcionario em causa.

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