A Plataforma da Sociedade Civil
em Báruè na província de Manica é acusada pelo Governo do Distrito de prestar falsas informações ao
nível internacional. Trata – se de informação que diz respeito que mais de mil
crianças dormindo ao relento no distrito por ordem do Banco Caixa Financeira de
Catandica cujos pais são clientes e devedores em que deram de penhor as suas residências.
Segundo o Administrador do Distrito de Báruè, Joaquim Zefanias não existe
nenhuma criança que dorme ao relento neste distrito da província de Manica por
ordem do Banco Caixa Financeira e confirma ter recebido em audiências alguns
devedores - clientes deste banco que se sentem – se lesados.
Joaquim Zefanias disse ainda que o Governo do Distrito recebeu os papeis
com pronunciamento de acusações, insultos e injurias enviado pela esta Plataforma. Na sua opinião o administrador suspeita
que o Coordenador desta plataforma - Rangel Mairosse esta a confundir o papel
da plataforma da sociedade civil com uma instituição politica, visito que está
fazer muitas actividades politicas, mobilizar as comunidades para estar contra
o governo. Zefanias disse a Rádio Comunitária Catandica que o governo do
distrito tem muitas dúvidas sobre o funcionamento desta plataforma. O
administrador avançou que é uma obrigação do governo notificar o Sr. Rangel António
Mairosse para mostrar e explicar onde estão estas crianças ao relento?
Também o representante dos líderes Comunitários, João Melo, confirma o caso
da Caixa Financeira mas afirma que nenhuma família que está a dormir fora da
sua casa por ordem deste banco.
Após a recepção da carta da Plataforma no dia 27 de Julho de 2012, a Rádio Comunitária
Catandica deslocou ao terreno junto com um membro desta plataforma para viver de
perto a situação em que 1000 crianças dormem ao relento. No terreno a
plataforma mostrou apenas 5 casas as mesmas confirmadas pelo banco Caixa
Financeira de Catandica como clientes devedores e que deram de penhor as suas
casas ou residências no caso de ter dificuldades no pagamento de dívidas.
A Rádio Catandica não encontrou nenhuma família dormir ao relento e as
mesmas famílias entrevistadas confirmaram a dívida na Caixa Financeira desde
2010 mas reclamam sobre juros elevados.
Contactado o Director Executivo da Caixa Financeira de Catandica – Adriano Manuel
Medida disse que houve dialogo, paciência, acordo nos contractos e está decisão
de confiscar os bens é ordem judicial do Tribunal de Báruè. Adriano Medida disse
ainda que a missão do Banco é para ajudar os seus clientes e as portas estão
abertas para colaborar com todas pessoas para o desenvolvimento.
O Procurador distrital da República
de Moçambique em Báruè, Henriques Ibraimo disse que a execução dos bens entre o
banco e clientes não é só em Catandica. Henrique Ibraimo pede as pessoas para
sempre respeitar os acordos ou contractos.
O Administrador do Distrito de Báruè,
Joaquim Zefanias apela a população em
geral para cumprir com compromissos das suas obrigações.
Contactado pela Rádio Catandica,
o Coordenador da Plataforma da Sociedade Civil - Rangel António Mairosse muda
automaticamente o teor da carta assinada por ele dizendo que estas crianças não
dormem ao relento mas sim dormirão ao relento porque o banco vai arrancar todas
casas dos devedores em causa.
Note que a Caixa Financeira é uma
instituição bancária em funcionamento desde 2009 que apoia nas finanças rurais e foi financiada
por Fundo Internacional para o desenvolvimento agrícola (FIDA ) e Banco
Africano de Desenvolvimento (BAD) em
parceria com o Governo de Moçambique. O Distrito de Báruè conta com 3
instituições Bancárias destas 2 fixas e outra móvel que aparece uma vez por
semana.
Sem comentários:
Enviar um comentário