sábado, 4 de agosto de 2012

Plataforma da Sociedade Civil acusada pelo Governo do Distrito de prestar falsas informações


A Plataforma da Sociedade Civil em Báruè na província de Manica é acusada pelo Governo  do Distrito de prestar falsas informações ao nível internacional. Trata – se de informação que diz respeito que mais de mil crianças dormindo ao relento no distrito por ordem do Banco Caixa Financeira de Catandica cujos pais são clientes e devedores em que deram de penhor as suas residências.

 Segundo o Administrador do Distrito de Báruè, Joaquim Zefanias não existe nenhuma criança que dorme ao relento neste distrito da província de Manica por ordem do Banco Caixa Financeira e confirma ter recebido em audiências alguns devedores - clientes deste banco que se sentem – se lesados.
Joaquim Zefanias disse ainda que o Governo do Distrito recebeu os papeis com pronunciamento de acusações, insultos e injurias  enviado pela esta  Plataforma. Na sua opinião o administrador suspeita que o Coordenador desta plataforma - Rangel Mairosse esta a confundir o papel da plataforma da sociedade civil com uma instituição politica, visito que está fazer muitas actividades politicas, mobilizar as comunidades para estar contra o governo. Zefanias disse a Rádio Comunitária Catandica que o governo do distrito tem muitas dúvidas sobre o funcionamento desta plataforma. O administrador avançou que é uma obrigação do governo notificar o Sr. Rangel António Mairosse para mostrar e explicar onde estão estas crianças ao relento?

Também o representante dos líderes Comunitários, João Melo, confirma o caso da Caixa Financeira mas afirma que nenhuma família que está a dormir fora da sua casa por ordem deste banco.
Após a recepção da carta da Plataforma no dia 27 de Julho de 2012, a Rádio Comunitária Catandica deslocou ao terreno junto com um membro desta plataforma para viver de perto a situação em que 1000 crianças dormem ao relento. No terreno a plataforma mostrou apenas 5 casas as mesmas confirmadas pelo banco Caixa Financeira de Catandica como clientes devedores e que deram de penhor as suas casas ou residências no caso de ter dificuldades no pagamento de dívidas.

A Rádio Catandica não encontrou nenhuma família dormir ao relento e as mesmas famílias entrevistadas confirmaram a dívida na Caixa Financeira desde 2010 mas reclamam sobre juros elevados.
Contactado o Director Executivo da Caixa Financeira de Catandica – Adriano Manuel Medida disse que houve dialogo, paciência, acordo nos contractos e está decisão de confiscar os bens é ordem judicial do Tribunal de Báruè. Adriano Medida disse ainda que a missão do Banco é para ajudar os seus clientes e as portas estão abertas para colaborar com todas pessoas para o desenvolvimento.     
O Procurador distrital da República de Moçambique em Báruè, Henriques Ibraimo disse que a execução dos bens entre o banco e clientes não é só em Catandica. Henrique Ibraimo pede as pessoas para sempre respeitar os acordos ou contractos.

O Administrador do Distrito de Báruè, Joaquim Zefanias apela a  população em geral para cumprir com compromissos das suas obrigações.
Contactado pela Rádio Catandica, o Coordenador da Plataforma da Sociedade Civil - Rangel António Mairosse muda automaticamente o teor da carta assinada por ele dizendo que estas crianças não dormem ao relento mas sim dormirão ao relento porque o banco vai arrancar todas casas dos devedores em causa.
Note que a Caixa Financeira é uma instituição bancária em funcionamento desde 2009  que apoia nas finanças rurais e foi financiada por Fundo Internacional para o desenvolvimento agrícola (FIDA ) e Banco Africano de  Desenvolvimento (BAD) em parceria com o Governo de Moçambique. O Distrito de Báruè conta com 3 instituições Bancárias destas 2 fixas e outra móvel que aparece uma vez por semana.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Moçambique a caminho da paz efectiva

Felizmente há avanços visíveis no âmbito das negociações de paz efectiva no país. Também os dois lideres, nomeadamente o Presidente da ...