terça-feira, 2 de outubro de 2012

Destacamento Feminino - perde confiança com governo no pagamento de pensões e subsídios no distrito de Báruè


Destacamento Feminino - perde confiança com governo no pagamento de pensões e subsídios no distrito de Báruè
Por: John Chekwa
01 de Outubro de 201
parte das guerrilheiras daLuta de Libertação Nacional residentes em Barue
 
As mulheres guerrilheiras da Luta de Libertação Nacional residentes na Localidade de Nhabuto, Posto Administrativo de Chôa, Distrito de Báruè na Província de Manica apresentam ao órgão de comunicação social local que já perderam confiança com o governo no poder sobre tudo no pagamento de pensões e subsídios da guerra colonial. Os combatentes reclamam que já passam muitos anos e o processo de adquirir a pensão e subsídios está cada vez muito lenta e muito complicado.    
Calista Neva, combatente da Luta de Libertação Nacional que entrou na tropa em 1972 disse que já submeteu várias vezes os documentos de pedido de pensão e o seu processo foi devolvido para enviar de novo via regro ou líder comunitário da sua zona. “Já não tenho esperança, disse a combatente.”
Laura Julai Puraze, também combatente da luta de Libertação Nacional chefe de secção na altura, avançou que fez vários pedidos de pensão e o valor saiu muito pouco. “Estamos sempre a sofrer, eu já sou deficiente devido a guerra colonial, sofri um braço e perna,” pronunciou a guerrilheira. De acordo com Laura Puraze, todos os seus 7 filhos não estão a estudar devido a falta de dinheiro. A combatente Laura, deixa um pedido especial ao governo no poder para resolver esta situação dos combatentes, visto que outros estão a morrer antes de receber os seus subsídios e pensões. A chefe de secção pede ainda para o governo a não descriminar os combatentes e complicar o andamento dos processos.
Elisabeth Filimone, também combatente e residente em Nhabuto disse que ainda não preencheu nenhuma ficha porque os processos não andam nada. “Lutamos, libertamos o país mas não estamos a beneficiar nada.” Pronuncia a cidadã combatente.
Lúcia Nhamudzadze é uma das outras combatentes que também prestou serviço militar contra colonialistas portugueses na base de comandante Luís Malcriado em Báruè e está muito preocupada com a lentidão dos processos de pensões. Lúcia Nhamudzade disse ainda que, este já é uma doença que não tem nenhum tratamento.
Lúcia Jairosse Satuku, também mulher guerrilheira da luta de libertação Nacional disse que entrou na tropa com 20 anos de idade, e participou em vários combates. A combatente reclama também sobre a lentidão destes processos dizendo que é um futuro roubado.
Os residentes entrevistados nesta Localidade mostram – se agastados dizendo que nos tempos da guerra colonial não havia este comportamento de pedir vários documentos aos militantes sobre tudo no processo de ingresso na tropa, tudo estava muito simples.
O Secretario Distrital dos Combatentes no Distrito de Báruè, José Sairrose que estava também presente nesta cerimónia confirma as preocupações dos combatentes e pede os mesmos para completar os documentos necessários.
José  Sairosse disse ainda que o estado moçambicano quer todos combatentes receber os seus subsídios e pensões e os documentos devem ser tratados de base onde vivem os combatentes.
Sairosse, clarificou que estes documentos são provas que confirmam a participação dos combatentes na guerra da Luta de Libertação Nacional. “Sem estes documentos o dinheiro nunca vai sair.” Pronunciou o dirigente.

O Chefe Sairosse apela todos combatentes a tratar os documentos necessários visto que a maior parte dos combates no distrito já estão a receber as suas pensões.
Os combatentes pronunciaram estas preocupações na cerimónia que teve lugar nos dias 28 e 29 de Setembro de 2012, em homenagem aos heróis que perderam a vida na base de comandante Luís Malcriado naquela localidade. Segundo o chefe de material nesta base, Eugénio Samo Maquina, esta base foi criada no dia 25 de Junho de 1972 e tinha cerca de 150 combatentes onde morreram 5 soldados devido vários ataques pelos portugueses. Deste número, um morreu por causa de frio. Eugénio Maquina disse ainda que o chefe Luís Malcriado, morreu após da vitória na cidade de Tete, província do mesmo nome, vítima de doença

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