terça-feira, 21 de maio de 2013

Liberdade de imprensa ganha espaço em Barue - Manica, Moçambique


``Liberdade de imprensa ganha espaço em Báruè”

Tribunal absolve coordenador e jornalista caso sementes de milho que não germinaram afectando 60 camponeses – Báruè

O tribunal judicial do distrito de Báruè, na província de Manica procedeu esta terça-feira, 21 de Maio do ano corrente a leitura da sentença do caso que envolve a empresa semente Nzara Yapera por ter distribuído sementes que não germinaram.

Trata se de um caso onde os camponeses reclamaram na rádio Catandica a falta de qualidade da semente vendida pela empresa semente Nzara Yapera numa quantidade de 2,5 toneladas no âmbito de crédito agrícola sem nenhum contrato formulado num valor de 95.000,00mt (noventa e cinco mil meticais) que corresponde mais ou menos 3.000 dólares americanos.

Portanto, tudo isso aconteceu na campanha agrícola 2011, até então esta semente ainda não germinou causando prejuízos aos camponeses beneficiários.

Infelizmente a divulgação desta notícia preocupou o proprietário da empresa em causa, Peter Waziweyi e simultaneamente processou criminalmente o jornalista John Chekwa e os camponeses daquela associação no processo número 493/2012.

Nesta feira 21 de Maio de 2013 pelas 10:00h foi lida a sentença deste caso que durou 67 minutos pelo juiz de direito Luís Massingue.

Na ocasião o juiz valoriza a liberdade de imprensa de Moçambique e na comunidade internacional em defesa dos direitos humanos sobretudo no acesso dos recursos e serviços públicos.

Massingue disse que a liberdade de imprensa deve ser respeitada para o bem-estar das comunidades e acrescentou que neste caso o jornalista John Chekwa fez o seu trabalho profissionalmente considerando o pluralismo.

“ O réu John Chekwa foi apenas porta-voz para os camponeses” disse Massingue.

`` Se as manchetes dos médias fossem a ofender as pessoas então as entidades jornalísticas não existiriam logo estaríamos sem jornalistas e automaticamente não teriam notícias para ler acrescentou o magistrado judicial.

Num outro desenvolvimento Luís Massingue, o que se entende é que o trabalho do jornalista precisa de factos fundamentais.

O tribunal considerado libertou o jornalista afirmando que o texto não fere o bom nome, honra da empresa Nzara Yapera visto que trabalhou dentro dos parâmetros legais jornalísticos de acordo com a lei da impressa 18/91.

O presidente da associação Tariro yamurime, Patreque Cassequete, presente na nesta sessão disse que há transparência no tribunal de Báruè na resolução de casos de acordo com casos reportados e mostrou satisfeito pela sentença.

Por sua vez o presidente do Fórum Nacional das Rádios comunitárias de Moçambique (FORCOM) João dos Santos Jerónimo, disse que o juiz julgou bem este caso e encoraja aos fazedores das rádios a redobrar esforços de manter informado o cidadão e comunidades onde estão instaladas as rádios comunitárias observando sempre a lei de imprensa.

O comentarista da Rádio Comunitária Catandica, João Tiago Pangaia valoriza o trabalho feito pelo tribunal judicial deste distrito e sublinha que o trabalho feito pelo juiz da causa mostra que há justiça no julgamento de casos nesta instituição e apelou aos fazedores da rádio comunitária Catandica para não ter medo em reportar casos para o bem-estar das comunidades rumo ao desenvolvimento do distrito, província e país em geral.

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