Por : John Chekwa
23/06/2013
Ex - Coordenadora da Radio Macequece em entrevista com John Chekwa
A ex- coordenadora da Rádio Comunitária Macequece - Inês João Charomar, está
em greve a exigir uma indemnização de mais de trezentos mil meticais pelo tempo
prestado no serviços da Associação Comunitária
Macequece de Manica, (ACOMAM) proprietária daquela estação emissora.
Inês Charomar acusa o comité de Gestão da Rádio Macequece de violar os seus
direitos de afastar - lhe no cargo da Coordenadora sem motivos concretos.
“Pedir não é roubar, se roubei porque que não levantou o processo-crime
contra mim?” questionou a ex – coordenadora.
De salientar que Inês Charomar foi afastada publicamente na coordenação
executiva pela Assembleia Extraordinária da ACOMAM realizada no dia 26 de Maio
de 2012, acusada de ter desviado dinheiro e materiais de trabalho. Inês
Charomar confirma ter usado setenta e duas chapas de zinco e seis mil tijolos pertencentes
a Rádio Macequece como empréstimo através de um pedido por escrito. Sobre os
dinheiros a ex – coordenadora nega, justificando que não houve uma auditoria na
rádio que acusa lhe de desfalque nem de roubar os fundos em causa.
Após o seu afastamento o Comité de Gestão daquela Rádio Comunitária do
distrito de Manica na província de mesmo nome, decidiu contratar a senhora Inês
como Agente de Serviço na mesma estação emissora. Por seu turno a Inês Charomar
assinou o contracto mas não exerceu nenhuma actividade desta nova tarefa.
Depois de 3 meses o Comité frisou o contrato e pagou a senhora Inês Charomar o seu
salário de três meses.
Inês Charomar disse a nossa equipa de reportagem que não aceitou ser agente
de serviço porque é abuso que o comité fez para um chefe membro fundadora
daquela Rádio.
“ Quantos ministros moçambicanos que já foram mudados para cargos de agente
de serviço?” questionou a Inês Charomar.
Perguntada como calculou aquele valor de mais de 300 mil meticais, disse
que entrou na ACOMAM em 1999 e nunca saiu para outra empresa até então.
A ex - coordenadora
promete afastar todos membros de comité de gestão e entregar a rádio para as
mulheres do distrito. Inês Charomar acusa a direcção da rádio de má gestão e de
não estar preocupada com as actividades daquela rádio comunitária.
Contactados pela imprensa o vice-presidente do Comité de Gestão, Jaire Crosse
Grawad disse que a ACOMAM não tem este valor que a ex - coordenadora exige. O
vice - presidente pede o apoio das organizações para apoiar na saída deste
caso.
Também outro membro contactado, António Albino disse este caso precisa de
levar para as mãos da justiça porque ninguém afastou a senhor Inês Charomar mas
sim ela negou sozinha outra função de trabalhar como agente de serviço.
“O cargo de chefia é por confiança”
acrescentou o membro do Comité de Gestão.
António José Albino disse ainda que, o Comité não
levantou o processo-crime contra a cidadã Inês porque quer paz.
“Se ela tem razão mercê a sua indemnização” disse o António José Albino.
Por seu turno os colaboradores da Rádio Comunitária Macequece dizem que são
ameaças que a ex - coordenadora está a fazer naquela estação emissora.
Inês Charomar promete continuar com a greve até receber a sua indemnização
de 14 anos no poder.
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