sábado, 22 de junho de 2013

Ex – Coordenadora exige indemnização de mais de 300 mil meticais

Por : John Chekwa

23/06/2013

Ex - Coordenadora da Radio Macequece em entrevista com John Chekwa

A ex- coordenadora da Rádio Comunitária Macequece - Inês João Charomar, está em greve a exigir uma indemnização de mais de trezentos mil meticais pelo tempo prestado no serviços  da Associação Comunitária Macequece de Manica, (ACOMAM) proprietária daquela estação emissora.
Inês Charomar acusa o comité de Gestão da Rádio Macequece de violar os seus direitos de afastar - lhe no cargo da Coordenadora sem motivos concretos.

“Pedir não é roubar, se roubei porque que não levantou o processo-crime contra mim?” questionou a ex – coordenadora.

De salientar que Inês Charomar foi afastada publicamente na coordenação executiva pela Assembleia Extraordinária da ACOMAM realizada no dia 26 de Maio de 2012, acusada de ter desviado dinheiro e materiais de trabalho. Inês Charomar confirma ter usado setenta e duas chapas de zinco e seis mil tijolos pertencentes a Rádio Macequece como empréstimo através de um pedido por escrito. Sobre os dinheiros a ex – coordenadora nega, justificando que não houve uma auditoria na rádio que acusa lhe de desfalque nem de roubar os fundos em causa.

Após o seu afastamento o Comité de Gestão daquela Rádio Comunitária do distrito de Manica na província de mesmo nome, decidiu contratar a senhora Inês como Agente de Serviço na mesma estação emissora. Por seu turno a Inês Charomar assinou o contracto mas não exerceu nenhuma actividade desta nova tarefa. Depois de 3 meses o Comité frisou o contrato e pagou a senhora Inês Charomar o seu salário de três meses.

Inês Charomar disse a nossa equipa de reportagem que não aceitou ser agente de serviço porque é abuso que o comité fez para um chefe membro fundadora daquela Rádio.

“ Quantos ministros moçambicanos que já foram mudados para cargos de agente de serviço?” questionou a Inês Charomar.

Perguntada como calculou aquele valor de mais de 300 mil meticais, disse que entrou na ACOMAM em 1999 e nunca saiu para outra empresa até então. 

A ex - coordenadora promete afastar todos membros de comité de gestão e entregar a rádio para as mulheres do distrito. Inês Charomar acusa a direcção da rádio de má gestão e de não estar preocupada com as actividades daquela rádio comunitária.

Contactados pela imprensa o vice-presidente do Comité de Gestão, Jaire Crosse Grawad disse que a ACOMAM não tem este valor que a ex - coordenadora exige. O vice - presidente pede o apoio das organizações para apoiar na saída deste caso.

Também outro membro contactado, António Albino disse este caso precisa de levar para as mãos da justiça porque ninguém afastou a senhor Inês Charomar mas sim ela negou sozinha outra função de trabalhar como agente de serviço.

 “O cargo de chefia é por confiança” acrescentou o membro do Comité de Gestão.

  António José Albino disse ainda que, o Comité não levantou o processo-crime contra a cidadã Inês porque quer paz.
“Se ela tem razão mercê a sua indemnização” disse o António José Albino.

Por seu turno os colaboradores da Rádio Comunitária Macequece dizem que são ameaças que a ex - coordenadora está a fazer naquela estação emissora.


Inês Charomar promete continuar com a greve até receber a sua indemnização de 14 anos no poder.

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